A eterna ‘caçada’ entre cão, gato e rato foi a inspiração para o novo filme Honda Civic. No início do comercial um rato, um gato, um cão e seu dono parecem ter interrompido uma frenética perseguição apenas para observar o carro passar – ficam absolutamente hipnotizados. Só depois que o Honda Civic vira a esquina que eles voltam a si e a perseguição continua. Na captação o cão e o gato são animais de verdade, e o ratinho foi inserido posteriormente. Ângulos de câmera, planos de filmagem e iluminação – tudo foi pensado e repensado pelos diretores para que houvesse uma perfeita sintonia entre o real e o 3D. Mas para quem pensava que o mais difícil era fazer com que um rato digital executasse movimentos realistas, desde a respiração até a leve oscilação do bigode, pensou errado. Para uma casa de animação isso é o feijão com arroz do dia-a-dia. Quem imagina que o difícil era movimentar e produzir uma locação em pleno centro de São Paulo, no Pátio do Colégio, importante ponto histórico e cultural da cidade, também pensou errado.
Fazer com que um gato real, ao lado de um cachorro, lambesse seus bigodes, olhasse para um rato imaginário e se emocionasse com o novo Honda, isso sim foi difícil, mas não impossível. Ainda mantendo a idéia do ‘improvável’ e acrescentar realismo à narrativa, foi feita uma extensa pesquisa de movimentos, expressões e física de um rato. E foi a criação dessa exatidão da pelagem e texturas a etapa que mais tomou cuidado dos modeladores. É interessante explicar que o ratinho 3D começou a ser feito antes mesmo da captação das imagens: usando o story board, tinha-se a pré-visualização de todos os planos – assim os diretores puderam prever qualquer problema e “encaixar” o rato nos frames. Quando a filmagem ficou pronta, ele foi aplicado no filme.
O resultado é o alcançado: qual dos animais é de verdade e qual é digital? A verdade é imperceptível.